Quais os impostos para uma PJ médica?

 

Início

 

Como um profissional médico recém-formado, ou mesmo um já atuante na área, você pode se perguntar: “Seria mais vantajoso abrir uma empresa ou exercer minha profissão como autônomo?”. Neste artigo, vamos analisar as principais diferenças tributárias entre atuar como Pessoa Física (PF) e Pessoa Jurídica (PJ) na medicina.

 

 

PF vs PJ: Uma Comparação Tributária

 

Trabalhando como PF, os médicos são taxados sobre a totalidade do rendimento, podendo enfrentar alíquotas de Imposto de Renda (IR) que atingem até 27,5%. Para um médico atuando como PJ, a situação pode ser bem diferente, dependendo do regime tributário escolhido. Vamos discutir sobre Simples Nacional, Lucro Presumido e Microempreendedor Individual (MEI).

 

Médico PJ

O Regime Simples Nacional

 

Voltado para micro e pequenas empresas, o Simples Nacional pode se mostrar vantajoso para profissionais da saúde. Porém, é importante entender a distinção entre os Anexos III e V deste regime, bem como o Fator R.

 

Anexo III

Se a folha de salários representar 28% ou mais do faturamento (Fator R acima de 28%), a empresa se enquadra no Anexo III. Nesse caso, a alíquota varia entre 6% e 33,5% sobre o faturamento.

 

Anexo V

Se a folha de salários for inferior a 28% do faturamento (Fator R abaixo de 28%), a empresa se enquadra no Anexo V. As alíquotas, neste caso, oscilam entre 15,5% e 30,5% do faturamento.

Vale ressaltar que no Simples Nacional todos os tributos são consolidados em uma guia única, o que simplifica o processo de pagamento.

 

O Regime de Lucro Presumido

 

Uma alternativa ao Simples Nacional é o Lucro Presumido. Neste regime, o IR e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) são calculados sobre um lucro presumido, não sobre o lucro efetivo da empresa. Para a área médica, esse lucro é presumido em 32% do faturamento. As alíquotas aplicáveis são de 15% de IR e 9% de CSLL sobre o lucro presumido. Além disso, há a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) de 3% e o Programa de Integração Social (PIS) de 0,65%, ambos sobre o faturamento bruto.

 

A Opção MEI é Válida?

 

Embora o Microempreendedor Individual (MEI) seja uma opção para muitos profissionais, os médicos não são autorizados a se enquadrar como MEI devido à natureza da profissão.

 

Outras Opções de Natureza Jurídica

 

Existem outras naturezas jurídicas disponíveis para os médicos, mas normalmente não são tão benéficas quanto o Simples Nacional ou Lucro Presumido do ponto de vista fiscal. Entre elas estão o Lucro Real e o Lucro Arbitrado, ambos exigindo uma contabilidade mais complexa e normalmente apresentando uma carga tributária maior.

 

Palavras Finais

 

A escolha do regime tributário mais adequado depende de um estudo minucioso da situação individual e das perspectivas de cada médico. Para ajudá-lo nesta tarefa, a equipe de especialistas da ContaDr está pronta para orientá-lo através deste processo. Continue acompanhando nosso blog para mais dicas e informações úteis sobre contabilidade para médicos.

*Esperamos que este post tenha esclarecido suas dúvidas. Mantenha-se atualizado, acompanhe nosso blog para mais informações e orientações sobre contabilidade no setor médico.*

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10 vantagens de abrir uma PJ Médica

Para médicos recém-formados, a abertura de uma Pessoa Jurídica (PJ) médica pode ser uma excelente opção. Além de oferecer autonomia e flexibilidade, a PJ Médica proporciona uma série de vantagens, como o pagamento de menos impostos, renda passiva e maior faturamento. Neste artigo, exploraremos as 10 principais vantagens de se tornar um médico PJ, destacando as oportunidades oferecidas por essa modalidade.

 

 

Pagamento de Menos Impostos

A constituição de uma PJ Médica possibilita uma carga tributária mais vantajosa. Ao aderir ao Simples Nacional ou ao Lucro Presumido, é possível reduzir significativamente os impostos a serem pagos, otimizando assim a gestão financeira e aumentando o retorno do seu trabalho.

 

Redução de Custos

 

A PJ Médica permite a separação das despesas pessoais das despesas profissionais. Essa divisão possibilita a dedução de gastos relacionados à atividade médica, como aluguel de consultórios, equipamentos, insumos e contratação de funcionários. Essa redução de custos contribui para uma gestão financeira mais eficiente.

 

Proteção de Patrimônio

 

Ao optar pela PJ Médica, você separa seu patrimônio pessoal do patrimônio profissional, protegendo seus bens de eventuais problemas financeiros relacionados ao negócio. Isso oferece maior segurança e tranquilidade para investir e se desenvolver profissionalmente.

 

Crédito Especial

 

Com uma PJ Médica constituída, você tem acesso a linhas de crédito específicas para a área médica, com taxas de juros mais atrativas. Essa facilidade de crédito permite investir na melhoria do seu consultório, na aquisição de equipamentos modernos e até mesmo expandir sua atuação profissional.

 

Flexibilidade e Autonomia

 

Ao se tornar um médico PJ, você ganha flexibilidade e autonomia para administrar sua carreira. Pode estabelecer sua própria agenda, definir suas especialidades, horários e até mesmo escolher os planos de saúde e convênios com os quais deseja trabalhar. Essa autonomia proporciona uma maior qualidade de vida e satisfação profissional.

 

Maior Poder de Negociação

 

A imagem de uma empresa formalizada transmite maior credibilidade aos pacientes e parceiros comerciais. Como PJ Médica, você terá mais poder de negociação, podendo obter melhores condições comerciais com fornecedores, laboratórios, planos de saúde e outros parceiros. Isso resulta em preços mais competitivos e benefícios exclusivos.

 

Maior Faturamento

 

A PJ Médica pode contribuir para o aumento do faturamento. Com uma gestão financeira mais eficiente, redução de custos e benefícios fiscais, você terá a oportunidade de aumentar seus ganhos financeiros e investir no crescimento do seu negócio.

 

Renda Passiva

 

A PJ Médica também possibilita a criação de renda passiva. Por exemplo, você pode investir parte dos seus lucros em outras áreas, como imóveis para aluguel ou empreendimentos financeiros, gerando uma fonte de renda adicional e criando um patrimônio a longo prazo.

 

Maior Credibilidade

 

Ser uma PJ Médica transmite maior credibilidade e profissionalismo aos pacientes. A imagem de uma empresa formalizada reforça a confiança na qualidade dos serviços prestados pelo médico, o que pode resultar em uma clientela mais sólida e fidelizada, além de um aumento de indicações.

 

Oportunidades de Crescimento

 

Ao se tornar uma PJ Médica, você estará aberto a diversas oportunidades de crescimento. Com uma estrutura empresarial sólida, é viável expandir sua atuação para novas áreas, investir em tecnologia e inovação, participar de parcerias estratégicas e conquistar uma posição de destaque no mercado da saúde.

 

Conclusão

 

A abertura de uma PJ Médica oferece uma série de vantagens aos médicos recém-formados, como o pagamento de menos impostos, renda passiva, autonomia e flexibilidade, maior faturamento, crédito especial e maior credibilidade. No entanto, é importante buscar o apoio de uma contabilidade especializada para compreender as particularidades e tomar decisões adequadas ao seu contexto profissional. A ContaDr. – Contabilidade para Médicos é especializada na área da saúde e está pronta para lhe atender, fale conosco!

 

 

Leia também: Simples Nacional ou Lucro Presumido (mais…)

Fator R do Simples Nacional

No âmbito tributário, é fundamental que os profissionais da área da saúde estejam familiarizados com o Simples Nacional e suas particularidades. Um dos aspectos relevantes desse regime simplificado é o chamado “Fator R”, um cálculo que influencia diretamente a carga tributária das empresas optantes pelo Simples Nacional. Neste artigo, nós da ContaDr. – Contabilidade para Médicos, vamos explicar o que é este fator, o motivo do nome e as leis que determinam sua aplicação.

 

 

O que é o Fator R

 

O Fator de Recessão, é um cálculo utilizado no Simples Nacional para ajustar a alíquota efetiva das empresas com base na relação entre a folha de pagamento e a receita bruta. O nome “Fator R” foi adotado devido ao contexto em que esse cálculo foi introduzido em 2009, durante a crise financeira global. Na época, muitas empresas enfrentavam dificuldades econômicas e reduziam suas folhas de pagamento. Seu objetivo era oferecer uma tributação mais favorável às empresas que estavam passando pela recessão.

 

 

Exemplos de aplicação do Fator R

 

Vamos considerar dois exemplos: uma clínica médica e uma empresa de venda de produtos eletrônicos pela internet.

  1. Clínica médica: Suponhamos que essa clínica tenha uma receita bruta mensal de R$ 50.000,00 e uma folha de pagamento de R$ 15.000,00. O cálculo seria: Fator R = 15.000,00 ÷ 50.000,00 = 0,3. Indicando uma proporção relativamente alta de gastos com mão de obra em relação à receita bruta. Isso resultaria em uma alíquota efetiva reduzida, proporcionando uma carga tributária mais vantajosa para a clínica médica.
  2. Empresa de venda de produtos eletrônicos: Consideremos uma empresa desse ramo, com uma receita bruta mensal de R$ 80.000,00 e uma folha de pagamento de R$ 5.000,00. O cálculo seria: Fator R = 5.000,00 ÷ 80.000,00 = 0,0625. Indicando uma proporção relativamente baixa de gastos com mão de obra em relação à receita bruta. Isso resultaria em uma alíquota efetiva maior em comparação com as empresas que se enquadram no Fator R.

 

 

Legislação relacionada ao Fator R

 

A legislação que determina o Fator R no Simples Nacional é composta pela Lei Complementar nº 123/2006 e suas alterações. No entanto, as regras específicas e os critérios de cálculo são estabelecidos por resoluções do Comitê Gestor do Simples Nacional. Destacamos duas resoluções relevantes:

  1. Resolução CGSN nº 140/2018: Essa resolução regulamenta o Fator R, estabelecendo os critérios para sua aplicação. Ela define as atividades sujeitas ao Fator R e detalha as regras de cálculo. O artigo 25 da Resolução CGSN nº 140/2018 aborda especificamente o Fator R.
  2. Resolução CGSN nº 94/2011: Embora não trate diretamente do Fator R, essa resolução é importante para entender a relação entre a alíquota efetiva e o enquadramento da empresa nos anexos do Simples Nacional. Ela estabelece as alíquotas e faixas de receita bruta para cada Anexo do Simples.

 

 

Conclusão

 

O Fator R é um cálculo essencial para as empresas optantes pelo Simples Nacional, especialmente para clínicas e consultórios de saúde. Ele visa ajustar a alíquota efetiva com base na relação entre a folha de pagamento e a receita bruta, proporcionando uma tributação mais favorável às empresas que possuem uma maior proporção de gastos com mão de obra.

É importante que os empreendedores do setor da saúde compreendam como o Fator R afeta a carga tributária de suas empresas e busquem o suporte de profissionais contábeis especializados para realizar os cálculos corretamente e aproveitar os benefícios do Simples Nacional.

A ContaDr. – Contabilidade para Médicos está preparada para auxiliar clínicas e consultórios na gestão tributária e contábil, proporcionando um ambiente de trabalho mais tranquilo e focado no cuidado dos pacientes. Entre em contato conosco e conheça nossos serviços especializados para o setor da saúde.

 

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Anexos do Simples Nacional para Médicos e Dentistas

O Simples Nacional é um regime tributário simplificado e vantajoso para micro e pequenas empresas, incluindo médicos e dentistas que possuem clínicas e consultórios. No entanto, é fundamental compreender os anexos do Simples Nacional para fazer a escolha correta e otimizar a carga tributária. Neste artigo, abordaremos os Anexos 3 e 5, destacando as Leis Complementares 123 e 155, o cálculo do Simples e a importância do fator R.

 

 

Anexos do Simples Nacional: Anexo 3 e Anexo 5

O Simples Nacional é dividido em diferentes anexos, que se aplicam a atividades específicas. Para médicos e dentistas, os anexos de maior relevância são o Anexo 3 e o Anexo 5. O Anexo 3 é destinado a atividades de serviços, enquanto o Anexo 5 engloba serviços profissionais, como medicina e odontologia.

 

 

Lei Complementar 123: Base do Simples Nacional

A Lei Complementar 123/2006 instituiu o Simples Nacional, criando regras simplificadas para micro e pequenas empresas. Ela estabeleceu as faixas de faturamento e as alíquotas aplicáveis aos anexos do Simples Nacional, garantindo benefícios fiscais para esses negócios. É importante conhecer essa lei para compreender as regras e os direitos relacionados ao regime.

 

 

Lei Complementar 155: Alterações no Simples Nacional

A Lei Complementar 155/2016 trouxe modificações relevantes ao Simples Nacional. Ela ajustou as faixas de faturamento e as alíquotas dos anexos, visando beneficiar micro e pequenas empresas. Essas alterações impactaram diretamente médicos, dentistas e seus estabelecimentos, proporcionando maior adequação da tributação às suas atividades específicas.

 

 

Cálculo do Simples Nacional: Como Funciona?

O cálculo do Simples Nacional é realizado com base na receita bruta mensal ou acumulada, dependendo do tempo de atividade da empresa. Empresas com mais de 12 meses de atividades devem somar a receita bruta dos últimos 12 meses para determinar a faixa de faturamento. Já para empresas com menos de 12 meses, a receita bruta mensal é considerada.

 

 

Fator R: Influência na Escolha do Anexo

O fator R é um coeficiente que relaciona a folha de pagamento da empresa com a sua receita bruta. Ele é um dos critérios utilizados para definir o enquadramento no Anexo 3 ou no Anexo 5. Para médicos e dentistas, o fator R é especialmente relevante. Se o fator R for igual ou superior a 28%, a empresa será enquadrada no Anexo 3. Caso contrário, poderá ser enquadrada no Anexo 5, que oferece alíquotas específicas para serviços profissionais.

 

 

Faça a Opção Certa para seu Negócio

Ao optar pelo Simples Nacional, médicos, dentistas e suas clínicas têm a oportunidade de simplificar a gestão tributária e reduzir a carga fiscal. Conhecer os anexos do Simples Nacional, as Leis Complementares 123 e 155, bem como o cálculo do Simples e o fator R, é essencial para fazer a escolha correta e obter os benefícios proporcionados pelo regime. Contar com o apoio de uma contabilidade especializada, como a ContaDr., pode ser fundamental para realizar uma análise precisa e tomar decisões estratégicas para o seu negócio.

Esperamos que este artigo tenha fornecido informações valiosas sobre os Anexos do Simples Nacional, as Leis Complementares 123 e 155, o cálculo do Simples e a importância do fator R. Se você tiver mais dúvidas ou precisar de assistência contábil personalizada para médicos e dentistas, entre em contato conosco.

 

 

Alíquotas do Anexo 3 do Simples Nacional para Médicos e Dentistas

Faixa de Faturamento Alíquota
Até R$ 180.000,00 6%
De R$ 180.000,01 a R$ 360.000,00 11,2%
De R$ 360.000,01 a R$ 720.000,00 13,5%
De R$ 720.000,01 a R$ 1.800.000,00 16%
De R$ 1.800.000,01 a R$ 3.600.000,00 21%
De R$ 3.600.000,01 a R$ 4.800.000,00 33%

 

 

Alíquotas do Anexo 5 do Simples Nacional para Médicos e Dentistas

Faixa de Faturamento Alíquota
Até R$ 180.000,00 15,5%
De R$ 180.000,01 a R$ 360.000,00 18%
De R$ 360.000,01 a R$ 720.000,00 19,5%
De R$ 720.000,01 a R$ 1.800.000,00 20,5%
De R$ 1.800.000,01 a R$ 3.600.000,00 23%
De R$ 3.600.000,01 a R$ 4.800.000,00 30,5%

 

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Contrato de Experiência

Contratar um novo funcionário para uma clínica médica ou consultório exige uma série de adaptações tanto para a organização quanto para o próprio colaborador. Além das questões burocráticas, há diversas mudanças comportamentais que devem ser consideradas para que o novo profissional seja acolhido de forma adequada pela equipe. Nesse contexto, o contrato de experiência desempenha um papel fundamental durante o período de adaptação.

Neste guia completo, vamos abordar todos os aspectos pertinentes ao contrato de experiência, desde o que é e para que serve, até os direitos garantidos ao novo empregado e a duração do contrato. Continue a leitura para saber mais sobre o assunto!

O que é um contrato de experiência?

O contrato de experiência é uma categoria contratual de trabalho por prazo pré-estabelecido. Sua finalidade é averiguar se o profissional recém-contratado possui as aptidões necessárias para realizar as funções para as quais foi admitido na clínica ou consultório, bem como se o emprego está de acordo com seus objetivos e expectativas.

Uma das vantagens dessa forma de contratação é que, caso o empregado seja desligado ao término do contrato, a empresa não corre o risco de ter que arcar com os 40% sobre o FGTS, tampouco pagar a indenização da multa. É importante lembrar que o contrato de experiência é amparado pelas leis da CLT.

Qual é o prazo para formalizar um contrato de experiência?

A empresa tem um prazo de 48 horas para fazer as devidas anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) do colaborador. Caso o empregador não assine a Carteira de Trabalho dentro desse prazo, essa ação resultará na formalização de um contrato de trabalho por prazo indeterminado, além da aplicação de multas previstas nas leis trabalhistas.

Quais são os benefícios garantidos pelo contrato de experiência?

O contrato de experiência garante os mesmos direitos trabalhistas do contrato por prazo indeterminado, além dos direitos adicionais previstos na legislação ou por convenção coletiva. Dessa forma, o empregado em contrato de experiência tem direito a horas extras, adicional noturno, banco de horas, gratificações, comissões, salário-família, insalubridade, periculosidade, entre outros.

Caso o colaborador solicite a rescisão do contrato, seja durante a vigência ou no final do mesmo, ele terá direito a receber o 13º salário proporcional aos meses trabalhados, salário-família, férias proporcionais aos dias trabalhados acrescidas de 1/3 desse valor, saldo de salários e FGTS com direito ao saque.

Se for a empresa que decidir encerrar a relação de trabalho, o empregado deverá receber os mesmos direitos, seja no momento da prorrogação do contrato de experiência ou no final do primeiro período. Nesse caso, não há necessidade de aviso prévio.

No entanto, se o empregador optar por rescindir o contrato antes do fim do período de experiência, as regras são um pouco diferentes. O empregado terá direito a receber o FGTS com direito ao saque, multa de 40% sobre o FGTS, indenização de 1 salário se a rescisão ocorrer até 30 dias antes da data base de reajuste salarial da categoria, 13º salário proporcional ao período trabalhado, férias proporcionais ao período trabalhado acrescidas de 1/3 desse valor, salário pelo período trabalhado até a rescisão, seguro desemprego conforme regras da lei e indenização de 50% sobre os dias que faltarem para o fim do contrato.

Dependendo das condições do contrato de experiência, poderá ser necessário cumprir um aviso prévio.

Duração e renovação do contrato de experiência

O período máximo de duração de um contrato de experiência é de 90 dias. No entanto, em alguns casos, o contrato pode ter uma duração menor e ser renovado apenas uma vez, desde que a soma dos dois contratos não ultrapasse o período de 90 dias. Essa prorrogação precisa ser formalizada por escrito, no próprio contrato.

É comum que as organizações façam um contrato inicial de 45 dias e, posteriormente, o renovem por mais 45 dias, embora isso não seja obrigatório. O primeiro contrato pode ter uma duração de 30 dias e o segundo de 60, por exemplo, ficando a critério do empregador e do funcionário decidirem.

Diferença entre contrato de experiência e contratação temporária

O contrato de experiência tem uma validade máxima de 90 dias, tornando-se um contrato por prazo indeterminado após o final desse período. Sua finalidade é permitir que tanto o empregado quanto o empregador analisem mutuamente se optarão pela efetivação.

Já a contratação temporária por prazo determinado é uma forma contratual que estabelece um período específico, geralmente utilizado para cobrir a ausência de um funcionário que precisou se afastar por algum motivo, ou em épocas de aumento na demanda, como forma de reforçar a equipe.

Outra categoria de trabalho temporário é a terceirização, quando um indivíduo é contratado por uma empresa especializada que o designa para atuar em outra organização por um determinado período.

Carteira assinada durante o contrato de experiência

Durante o contrato de experiência, a carteira de trabalho do colaborador deve ser devidamente assinada, assim como no formato de contratação por tempo indeterminado. A diferença está nas informações preenchidas nas anotações gerais, que devem identificar que se trata de um período de experiência.

Prazo para um novo contrato de experiência

No caso de recontratação de um funcionário em um novo contrato de experiência na mesma empresa, é necessário aguardar um prazo mínimo de seis meses, salvo nos casos de realização de certos acontecimentos ou execução de serviços especializados. A recontratação antes desse prazo torna-se um contrato por prazo indeterminado.

É importante mencionar que, desde a entrada em vigor da Reforma Trabalhista, novas modalidades de contratação mais flexíveis foram implementadas. Por exemplo, se a empresa decidir recontratar o colaborador antes do período de seis meses, pode realizá-la no formato de prestação de serviços autônomo, como um profissional PJ (Pessoa Jurídica), e assinar sua carteira para formalizá-lo como um membro efetivo da equipe.

Conclusão

Como você pôde conferir neste guia completo, o contrato de experiência é uma maneira das clínicas médicas e consultórios avaliarem o perfil e o desempenho dos profissionais recém-contratados, sem que haja um vínculo empregatício definitivo. No entanto, mesmo durante esse período, o funcionário terá seus direitos trabalhistas garantidos por lei. Além disso, esse tempo serve para que o colaborador avalie o clima organizacional da instituição e decida se a empresa atende suas expectativas.

Se você é médico e possui uma clínica ou consultório, é fundamental conhecer todos os aspectos relacionados ao contrato de experiência para garantir uma contratação adequada e em conformidade com a legislação trabalhista. A ContaDr. – Contabilidade para Médicos está aqui para lhe ajudar, entre em contato!

 

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