Fazer credenciamento ao plano de saúde é uma escolha que pode ter as suas vantagens e desvantagens. Entenda!
Todo médico tem uma decisão a tomar quanto ao seu atendimento: ser credenciado ou não a um plano de saúde? Esta é uma escolha que pode ter as suas vantagens e desvantagens, mas se você tem interesse neste processo, entenda mais sobre o credenciamento no plano de saúde e tire suas dúvidas.
Como se credenciar em um plano de saúde?
O médico, tanto pessoa física como jurídica, e qualquer outro profissional que presta serviços semelhantes pode se credenciar. Dessa forma ele passa a constar na lista de profissionais que faz parte da rede credenciada do plano, podendo ser utilizado pelos clientes que o usam.
Então, o primeiro passo é entrar em contato com o convênio e deixar claro que o profissional tem interesse em fazer parte do mesmo. Cada convênio tem a sua opção, mas geralmente é feito o preenchimento de uma ficha de inscrição. Além disso, os planos costumam solicitar uma carta formalizando o processo de credenciamento com uma descrição dos serviços que são prestados pelo consultório.
Após este passo, costuma ser pedido um conjunto de documentos para que o plano de saúde possa analisar, de modo a entender se vale a pena ou não incluir o profissional na rede credenciada.
Para as pessoas físicas os documentos são:
Certificado do CRM atualizado;
Currículo, diploma, CRM e CPF do responsável técnico;
Informações sobre o local de atendimento;
Alvará de funcionamento e da vigilância sanitária;
Dados sobre o local de atendimento;
Comprovantes de conta bancária;
Inscrição no CCM ou no ISS na prefeitura;
Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde.
Lembrando, que a lista de documentos pode variar de acordo com a operadora, por isso é fundamental ficar atento ao processo de cadastro de cada uma. Normalmente, você receberá uma lista de documentos necessários ao mostrar interesse no credenciamento.
Credenciamento para empresas de saúde
Já no caso de pessoas jurídicas, a lista é semelhante, mas com alguns detalhes:
Contrato social ou ata de constituição;
Cartão do CNPJ;
CCM ou ISS e CNES;
Comprovante de pagamento do ISS e da Taxa de fiscalização do local;
Alvará da vigilância sanitária e de funcionamento;
CRM, CPF, Currículo e diploma do responsável técnico;
Comprovante de conta bancária;
Relação do corpo clínico.
Em quantas redes posso me credenciar?
Outra dúvida comum é quanto ao limite de credenciamento. Seja por parte dos médicos ou da própria operadora. E a resposta é que os médicos podem fazer parte de quantas redes credenciadas desejarem. Isto é, as operadoras não podem impor contratos de exclusividade.
Também é importante saber que um médico não pode se cadastrar em um plano de saúde apenas por adesão. Ou seja, sempre existe o direito de negociar cada cláusula deste. Além disso, ao escolher uma operadora o médico deve ter os mesmos cuidados que o cliente que a está usando. Portanto, é importante escolher as operadoras mais bem avaliadas e com o mínimo de irregularidades legais.
Por exemplo, um problema comum que vale a pena ficar de olho envolve o reembolso. Além disso, certos médicos credenciados podem se sentir pressionados a pedir menos exames. Neste caso, é importante conversar com outros profissionais que fazem parte da rede e recolher seus depoimentos.
No entanto, também não existe limite de atendimento por parte da operadora. Portanto, o interesse deve ser dos médicos, de forma totalmente voluntária. O único momento em que a operadora pode intervir é em casos de impossibilidade técnica. E é aqui que se encontra grande parte da dor de cabeça.
O conceito de impossibilidade técnica é extremamente amplo, reduzindo o número de atendimentos aprovados de forma um pouco artificial. Inclusive, em certos casos, médicos recorreram ao próprio sistema judiciário para comprovar que esta justificativa era sem fundamento.
Como é regulamentada a relação entre consultório e operadora?
Então, ao oficializar o credenciamento, é estipulado um contrato escrito por ambas as partes. Este é outro ponto que merece bastante atenção, pois o documento deve ser bem claro, com todos os serviços a serem contratados, as formas de pagamento e reajuste.
Além disso, é preciso garantir os direitos e responsabilidades de ambas as partes, e as punições caso elas não sejam cumpridas.
Quanto a renovação, ela pode acontecer em dois momentos. O primeiro é caso exista alguma alteração no cadastro do consultório, da atividade ou da razão social do mesmo. Já o segundo é quando o contrato chega ao fim do prazo.
Por fim, é preciso abordar o ponto mais importante da relação entre o médico e as operadoras, e de onde saem as maiores dores de cabeça: o pagamento. Em cada consulta o profissional gera uma Guia TISS, e se foi usado algum equipamento específico, isso deve ser feito separadamente.
O problema é que ao final do mês o médico precisa cadastrar todas as consultas realizadas por meio do plano em um sistema on-line de faturamento, ou de forma manual, que dá ainda mais trabalho. Posteriormente, você deve imprimir as guias e enviá-las por correio para as operadoras. E, neste caso, é fundamental não cometer nenhum erro em relação ao valor, nome do paciente e da própria clínica.
A resposta depende do modelo de cada uma, mas é sempre importante que você confira o extrato de pagamento. Assim, você pode comparar o extrato com a sua forma de organização e garantir que recebeu tudo o que devia.
Processo de credenciamento
O processo de se credenciar em uma operadora é burocrático e trabalhoso, mas não é necessariamente complexo. Por isso, a principal dica é conversar com os colegas de profissão, especialmente os mais experientes, e entender melhor como funciona o processo, quais são as melhores operadoras e quais são os cuidados essenciais ao se credenciar.
Outra forma de fazer isso, é contar com o nosso serviço de consultoria. Podemos cuidar do credenciamento com o plano de saúde por você, poupando você todo o trabalho e dor de cabeça, além de agilizar o processo. Nossa empresa é especializada na contabilidade e consultoria para profissionais de saúde, portanto, temos o conhecimento completo de como fazer estes serviços.
Quer conhecer mais ou ficou com alguma dúvida? Então entre em contato conosco por e-mail, telefone, redes sociais ou WhatsApp para que possamos responder suas perguntas, ou se quiser conhecer mais sobre nosso serviço de credenciamento em planos de saúde.
O que preciso para me credenciar a um Plano de Saúde?
Isso varia se você for Pessoa Física ou Jurídica, mas o báscio é:
CRM;
CPF;
Currículo;
Diploma;
Inscrição no CCM;
Comprovante de Conta Bancária;
Há limite de Credenciamento?
Não! Você pode se credenciar em quantas redes quiser e conseguir atender. E é bom lembra também que nenhuma rede pode pedir exclusividade do profissional de saúde.
Preciso enviar algum comprovante para o Plano de Saúde?
Sim. Essa é a parte mais complicada de atender um Plano de Saúde. Pois todo mês o Médico/Dentista tem que atualizar uma base eletrônica de todos os atendimentos que fez e o que foi gasto.
Sobre a Autora:
Adriana França
Sócia fundadora da ContaDr. e Especialista em Contabilidade para Profissionais da Área da Saúde